Como lidar com os medos que assombram seu filho na hora de dormir? Mães e especialistas dão dicas para ajudar o pequeno a superar os desafios.
Qual criança já não teve medo do escuro? A dúvida da mãe do Matheus, 4, é a mesma de milhares outras no mundo todo. Por isso, perguntamos pra quem já passou por essa fase para saber como os filhos superaram seus medos, e conversamos com especialistas para contar algumas dicas que podem funcionar em casa. Confira!
ENTRE NA BRINCADEIRA
Com a minha experiência como educadora, aprendi que o medo vem do desconhecido e que não podemos banalizá-lo. Por isso, nada de diminuir o sentimento da criança com “não tem nada aí embaixo da cama” ou “vira para o lado e fecha o olho”. Liberte a criança que existe em você e use a imaginação. Brinque como se você também estivesse vendo o monstro e espante-o junto com o seu filho. E explique que a criatura também sente medo do escuro e por isso se esconde debaixo da cama…
MEIA-LUZ
Minha filha também tinha medo do escuro, mas isso mudou depois que coloquei pisca-piscas de luz fraca para iluminar o quarto. Desde então, não acordou mais no meio da noite nem veio para a minha cama. Emily Moreira, mãe de Luna, 7 anos
ROTINA REGRADA
Aqui em casa, uma rotina de sono bem definida, sem eletrônicos à noite e com música suave ajudou nossa filha a se acostumar a dormir no escuro desde pequena. Veja o que funciona melhor para a sua dinâmica familiar. Letícia Bacelar, mãe de Maria Alice, 3 anos
COMPANHIA NA CAMA
Além da luz suave no quarto, meus filhos se habituaram a dormir com um Snoopy de pelúcia desde pequenos. Eles se sentem protegidos com o bichinho e até sonham que ele os ajuda a combater os monstros dos pesadelos! Sara Maleiner, mãe de Amanda, 6 anos, e Leonardo, 4
ESTRATÉGIAS ANTIMOSTROS
Por volta dos 4 anos, as crianças começam a passar por uma "fase dos medos". Com a imaginação à solta, a noite vira um breu que traz fantasmas, bichos-papões e outros monstros para debaixo da cama delas. Afinal, são essas as histórias que transmitimos de geração em geração. Para mudar a forma como os pequenos se relacionam com o escuro, podemos alterar esse imaginário e usar a nossa criatividade para encontrar uma solução junto com eles. Crie um “pó mágico” ou “spray antimonstros” para afastar criaturas e fantasmas do quarto, por exemplo.
É interessante observar também que, além do medo, há a questão da necessidade de companhia. Se fosse apenas uma mera aversão ao escuro, uma luzinha no quarto poderia resolver – assim, mesmo que o ideal seja dormir com as luzes apagadas, beneficiando a produção de melatonina (o hormônio do sono), dá para abrir exceções por um período. Mas, às vezes, esse não é o caso. Ao sentir medo, a criança procura pela mãe ou o pai (que “não são a luz”). A dica é conversar com o filho, fazer combinados, estabelecer limites, ler livros e cantar músicas sobre o tema. E vale contar a ele como você superou o próprio medo de escuro quando era criança.
Fonte: Crescer
Comments